Uma comissária de bordo da Gol Linhas Aéreas foi demitida por justa causa após supostamente vender 97 passagens de voo exclusivas de funcionários e colaboradores.
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O caso foi parar na segunda instância da Justiça, e a demissão foi confirmada, na última semana, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo, que considerou uso inadequado do benefício de empregados.
A companhia oferece aos colaboradores e parceiros bilhetes aéreos, sem reserva confirmada e com valor promocional, que permitem o embarque apenas se sobrar lugar na aeronave. O ticket premium é intransferível.
A Gol tomou conhecimento da ação da mulher e instaurou uma sindicância interna durante um ano. Segundo a investigação, ela descumpriu o regulamento do programa para comercialização.
Durante o processo na Justiça, a aeromoça justificou que o ex-marido dela se conectou aos sistemas da empresa “algumas vezes” para emissão de passagens com o login dela. No entanto, de acordo com as regras do benefício, a prática é “considerada falta grave”.
Na decisão, mesmo não evidenciando a conduta golpista, fica claro que a funcionária emitia passagens aéreas enquanto estava voando com a companhia. A Justiça destacou o descumprimento dos deveres do cargo, principalmente pela confissão dela de que forneceu a senha do login ao ex-companheiro.
Para a desembargadora-relatora Andreia Paola Nicolau Serca, o comportamento da comissária foi o suficiente para motivar a demissão.
O SBT News pediu um posicionamento para a companhia, mas a Gol afirmou que não comenta processos judiciais.