Um pai de uma criança de 9 anos denunciou um funcionário da escola onde o filho estuda, na Região Metropolitana de Natal, por aliciar o menino mediante conversas através das redes sociais. O pai, que não mora com o filho, monitora as redes sociais do garoto e descobriu que o menino havia aberto um outro Instagram e convidado o homem para o seguir. No perfil antigo na rede social, o pai observou que já havia conversas entre os dois.
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“A primeira conversa que eu peguei foi ele perguntando se a “pint.nha” dele (da criança) já tinha a cabeça para fora ou não. Essa aí já foi a primeira conversa”, detalha o pai.
O funcionário da escola ainda chegou a enviar fotos no modo visualização única para a criança, impossibilitando o pai de verificar o conteúdo.
O homem chegou ainda a convidar a criança para sair com ele. “Quando eu vi que ele perguntou: não deu certo a gente ir até tal local, né? Eu vi que a situação era grave”, comentou o pai que, a partir desse momento, procurou assumir o controle das conversas com o aliciador do filho.
Pai assume controle da conversa
“Eu podia ter mandado um áudio dizendo que eu era o pai da criança, mas não iria resolver. Eu tentei ver o que ele realmente queria com o meu filho. Foi quando ele fez o convite para ir a um local com o meu filho, disse que levava coxinha, levava o celular e eles podiam tomar banho lá e eles poderiam baixar uns vídeos para eles assistirem nesse local. Foi quando eu perguntei: mas que tipo de vídeo? Ele falou: um vídeo de put.ria, você gosta? Perguntei: mas como assim?: foi quando ele mandou as imagens em visualização única e eu estava com outro aparelho e fui batendo as fotos e já fui direto para a Delegacia de Plantão”, explicou.
Denúncia
O pai denunciou o aliciador na Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal. Já na delegacia, o homem continuava enviando mensagens através da rede social da criança.
O homem de 24 anos foi preso em flagrante. Em depoimento, o aliciador confessou que tinha conversado com a criança, entregou o celular e senha do aparelho e afirmou que queria pagar pelo erro dele.
“É revoltante, um homem que poderia procurar a mulher que quisesse procurar por uma criança. Naquele momento eu pensei em todos. Pensei no meu filho e até, na verdade, na família dele (aliciador). Eu tentei fazer o que era certo”, afirmou o pai sobre entregar o aliciador do filho para a polícia.
Assista um trecho da entrevista do pai concedida ao repórter da TV Ponta Negra, Rogério Fernandes
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