Sammy Basso, italiano que vivia com a síndrome de Hutchinson-Gilford, uma doença genética rara também conhecida como progéria, morreu no domingo (6) aos 28 anos. Apesar da morte precoce, ele era a pessoa mais velha diagnosticada com a condição, que costuma ter uma expectativa de vida entre 14 e 16 anos.
O que é doença do envelhecimento precoce?
Causada por um mutação genética aleatória do gene LMNA, o que leva à produção de proteínas anômalas no corpo, a doença é caracterizada pelo processo de envelhecimento muito mais rápido do que o normal, de acordo com artigo publicado no Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa, de Porto.
Atualmente, existem apenas 130 casos conhecidos de progéria no mundo, quatro deles na Itália. Segundo Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a palavra progeria vem do grego e significa “prematuramente velho”. Os sinais e sintomas da progéria se desenvolvem até os primeiros 18 meses de vida da criança.
A doença também pode causar doença arterial coronariana e aterosclerose (acúmulos de placas de gordura nas paredes das artérias), o que costuma causar a morte precoce.
Além disso, de acordo com a Fiocruz, está associada à queda de cabelo, perda de gordura subcutânea, artrose, estatura baixa e magra, clavícula anormal, face estreita, pele fina e enrugada, puberdade tardia, sobrancelhas ausente, unhas dos pés finas, voz anormal, lábios finos, osteoporose.
Em razão do diagnóstico, Sammy fundou a Associação Italiana de Progéria Sammy Basso APS Onlus, que promove estudos e busca aumentar a conscientização sobre a síndrome.
Sammy também tinha um papel ativo nas redes sociais para desmistificar a condição, com quase 80 mil seguidores no Instagram.
Buscas por Síndrome de Hutchinson-Gilford cresceram no Google
O interesse de busca pelo termo de pesquisa Síndrome de Hutchinson-Gilford no Google Brasil está com tendência de alta impulsionado, sobretudo, pela morte de Sammy Basso. Os dados, que consideram o comparativo com os últimos 30 dias, são do Google Trends.