Três réus acusados de envolvimento no assassinato do militar aposentado Roberto Antônio Perdiza, de 71 anos, passam por júri popular nesta quarta-feira (09) no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). O crime, ocorrido em agosto de 2022, envolveu Jerusa Linda dos Santos, conhecida como Gabriela, que mantinha um relacionamento com a vítima e é acusada de planejar o crime para se apropriar de um imóvel pertencente ao militar. O julgamento iniciou na manhã desta quarta.
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O corpo de Perdiza foi encontrado meses depois do desaparecimento, em novembro, em um terreno baldio em Macaíba, com sinais de violência extrema – incluindo mutilação da cabeça, mãos e pés. A investigação aponta que Jerusa, em parceria com os outros dois acusados, José Rodrigues da Silva e Washington Luiz Gomes da Silva, teria executado o crime e utilizado cal para acelerar a decomposição do corpo.
O julgamento estava inicialmente marcado para 16 de setembro, mas foi adiado após a ausência do advogado de uma das partes. A motivação central seria a venda do apartamento de Perdiza, que Jerusa teria tentado realizar enquanto se passava pela vítima, enviando mensagens e imagens falsas para familiares e amigos.
O caso atraiu atenção pela brutalidade do crime e pelo fato de a acusada ter usado a identidade do ex-militar por quatro meses após sua morte.