Cidades

Maioria das crianças e adolescentes acessa redes sociais sem monitoramento dos pais, diz estudo

Foto: Pixabay

Uma pesquisa inédita revelou a frequência de uso da internet entre crianças e adolescentes no Brasil. Realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), o levantamento mostra que 70% dos jovens de 9 a 17 anos acessam plataformas digitais como WhatsApp, YouTube, Instagram e TikTok várias vezes ao dia, muitas vezes sem nenhuma supervisão dos pais.

De acordo com a pesquisa, divulgada nesta semana, 70% dos jovens acessam o WhatsApp frequentemente, com 53% usando a plataforma várias vezes ao dia. Já o YouTube é acessado frequentemente por 66% dos entrevistados, enquanto o Instagram e TikTok têm uso frequente por 60% e 50%, respectivamente. Este é o primeiro estudo do Cetic.br a mensurar a frequência de uso dessas plataformas digitais entre jovens brasileiros.

O uso crescente da internet entre menores de idade levanta o dilema da supervisão parental. A mãe de Luiz Miguel, de 8 anos, acompanha de perto o que o filho vê no celular. “Luis, está vendo o quê? Aumenta que eu quero ouvir também”, diz ela, mostrando que monitora o conteúdo. Já Luiz conta que às vezes fica bravo por não poder usar o aparelho livremente. “Eu fico triste e bravo, porque ela não deixa”, comenta.

Com o irmão mais velho de Luiz, José Roberto, de 16 anos, os pais usaram por um tempo um aplicativo de controle no celular dele, que limitava o acesso a redes sociais como Instagram e TikTok. Apesar da intenção de proteção, o jovem relata seu desconforto com a medida. “Eu não tinha liberdade sobre o meu próprio celular”, explica.

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Para os pais que desejam supervisionar a navegação dos filhos, há opções que vão de aplicativos pagos a configurações de controle parental nos sistemas Android e iOS, permitindo definir limites de uso e impedir acesso a conteúdo sensível. Um especialista em segurança cibernética reforça a importância dessas medidas, explicando que o ambiente online expõe os jovens a situações de risco como assédio e cyberbullying. “É responsabilidade dos pais garantir esse tipo de controle e proteção”, defende o especialista. Consciente da importância de proteger as crianças no ambiente virtual, o uso dessas tecnologias auxilia os pais a acompanhar de perto o que os filhos acessam nas redes sociais, sempre com a devida autorização.

*Com informações do SBT News

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