O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê uma resolução para o impasse dos cortes de gastos do governo nesta quinta-feira (7).
As áreas que sofrerão redução para atender às novas regras fiscais – que não deixam os gastos serem maiores do que valores arrecadados – estão em negociação entre ministérios desde o início da semana.
Até o momento, não houve sinalização de quais áreas passarão por adequações. Uma das poucas expectativas é de uma revisão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O benéfico é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. A intenção é fazer um pente-fino para retirar irregularidades entre os mais de 6 milhões de beneficiários.
Detalhes de cortes, segundo Haddad, estão em negociação com o presidente Lula (PT), e um dos pontos agora é a negociação para como as mudanças serão votadas no Congresso Nacional.
“A questão é como é que o presidente vai decidir dialogar com as duas Casas [Câmara e Senado]. Mas, da nossa parte, eu quero crer que no final da manhã nós vamos estar com essas questões decididas”, afirmou Haddad.
A equipe econômica, encabeçada pelo ministro da Fazenda, tem levantado propostas de cortes e limitações de gastos orçamentários. Uma nova reunião está prevista para a manhã desta quinta-feira no Palácio do Planalto.
Impacto no mercado
A falta de previsões contribuiu para um aumento do dólar frente ao real na semana passada. Na sexta-feira, a moeda estrangeira fechou o dia cotada a R$ 5,87 – o maior valor desde maio de 2020. Nesta quarta-feira, o dólar fechou a R$ 5,67.
Os efeitos do mercado também contribuíram com uma alta na taxa básica de juros, a Selic, que agora está em 11,25%.
Fonte: SBT News