O cineasta Cacá Diegues, diretor de filmes como “Xica da Silva” (1976) e “Bye Bye Brasil” (1980) e um dos fundadores do Cinema Novo, morreu nesta sexta-feira (14), aos 84 anos. Ele faleceu no Rio de Janeiro, após complicações em uma cirurgia.
A Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual o realizador era imortal, lamentou a morte em postagem nas redes sociais.
Início da carreira
Carlos Diegues, mais conhecido como Cacá, nasceu em Alagoas, em 1940. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro e passou infância e adolescência em Botafogo.
Formou-se em direito na PUC do Rio e, na função de presidente do diretório estudantil, começou um cineclube e atividades como cineasta amador, ao lado de nomes como David Neves e Arnaldo Jabor.
Quando ainda era estudante, dirigiu o jornal O Metropolitano, da União Metropolitana de Estudantes (UME), e entrou para o Centro Popular de Cultura (CPC), da União Nacional dos Estudantes (UNE).
As turmas da PUC e do jornal se tornaram núcleos de fundação do Cinema Novo, movimento que Diegues liderou ao lado de cineastas como Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hirszman e Paulo Cesar Saraceni.
Filmes de sucesso e prêmios
O primeiro filme profissional de Diegues como cineasta foi “Escola de Samba Alegria de Viver”, um dos segmentos da antologia “Cinco Vezes Favela” (1962). Ao longo dos anos 1960, lançou três longas, “Ganga Zumba” (1964), “A Grande Cidade” (1966) e “Os Herdeiros” (1969).
Quando a ditadura recrudesceu, Diegues teve de deixar o Brasil, em 1969, ao lado da então esposa, a cantora Nara Leão (1942-1989). Viveram na Itália e, depois, na França.
No retorno ao Brasil, ele dirigiu “Quando o Carnaval Chegar” (1972) e “Joanna Francesa” (1973). O maior sucesso, “Xica da Silva” (1976), teve Zezé Motta no papel principal.
SBT News
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