O Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte) alcançou um novo marco no mês de fevereiro de 2025 ao enviar 3,2 mil bolsas de plasma para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). A remessa histórica, originada na fábrica em Goiana (PE), contribuirá para a produção de medicamentos essenciais ao tratamento de diversas doenças.
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Plasma: matéria-prima essencial para medicamentos do SUS
O plasma coletado pela Hemonorte é utilizado na fabricação de medicamentos como imunoglobulinas, albumina, fator VIII e fator IX de coagulação. Esses hemoderivados são fundamentais para o tratamento de coagulopatias hereditárias, como a hemofilia, além de serem empregados em casos de queimaduras graves, imunodeficiências e até no combate ao câncer.
O sangue doado nos hemocentros passa por um processo de separação em quatro componentes: hemácias, plaquetas, crioprecipitado e plasma. Como a demanda hospitalar por plasma é menor do que a oferta, anteriormente, o excedente foi descartado. No entanto, desde 2022, o Hemonorte está atualizado pela Hemobrás para o envio das bolsas excedentes, garantindo maior aproveitamento do material e ampliando o número de pacientes beneficiados.
Mais de 30 mil bolsas enviadas desde a qualificação
Desde sua qualificação junto à Hemobrás, a Hemonorte já inveja mais de 30 mil bolsas de plasma para a produção de medicamentos. O aumento na remessa mensal — que antes girava em torno de 2.500 bolsas e agora atingiu 3.200 — reforça a importância da doação de sangue para o fornecimento de tratamentos essenciais pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A Hemobrás, vinculada ao Ministério da Saúde, atua na fabricação de medicamentos derivados do sangue e biotecnológicos para distribuição aos pacientes do SUS em todo o Brasil. Para isso, a empresa qualifica hemocentros no país, permitindo o envio do plasma necessário para a produção desses insumos necessários.
Importância da doação de sangue
O registro atingido pela Hemonorte reforça a relevância da doação de sangue para a saúde pública. Cada ação pode salvar múltiplas vidas, uma vez que o sangue coletado é fracionado para diferentes usos. Além disso, a destinação correta do plasma excedente garante que mais pacientes tenham acesso aos tratamentos essenciais.
