O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seguirá internado em Natal nesta sexta-feira (11), após apresentar fortes dores abdominais durante agenda política no interior do Rio Grande do Norte. De acordo com o boletim médico divulgado no final da tarde, Bolsonaro apresenta quadro clínico estável, com melhora progressiva, mas ainda sem previsão de alta hospitalar.
Leia também:
“Em breve estarei de volta”, diz Bolsonaro em publicação atualizando estado de saúde
Internado no Hospital Rio Grande, na capital potiguar, o ex-presidente foi diagnosticado com semioclusão intestinal, uma complicação causada por aderências no intestino delgado, sequela das cirurgias realizadas após o atentado a faca sofrido em 2018, durante campanha em Juiz de Fora (MG).
Segundo o diretor médico da unidade, Luiz Roberto Fonseca, não há previsão de transferência para hospitais em São Paulo ou Brasília, apesar de o estado clínico permitir deslocamento, se a família assim decidir. “A opção, da família e dos médicos que o assistem em São Paulo e em Brasília, é que ele permaneça em Natal sob os cuidados da equipe local, chefiada pelo doutor Hélio Barreto”, afirmou Fonseca.
Estado de saúde estável, mas com restrições
Ver essa foto no Instagram
De acordo com o boletim médico, Bolsonaro segue sem febre, consciente, bem-humorado, e não necessita de suporte avançado como ventilação mecânica ou drogas vasopressoras. Ele está em uso de antibióticos intravenosos, com dieta zero, além de manter sonda nasogástrica aberta e iniciar nutrição parenteral total, via acesso venoso central.
Fonseca destacou que os exames, como a tomografia abdominal, não apontaram sinais de gravidade, e que o ex-presidente apresentou melhora significativa nas últimas horas. “Houve redução da dor abdominal, melhora da distensão e da sensibilidade na região. Esses são sinais positivos na evolução clínica”, explicou o diretor.
Apesar disso, Bolsonaro ainda não pode se alimentar por via oral e permanecerá internado por tempo indeterminado. A equipe médica seguirá com a hidratação adequada, antibióticos e monitoramento contínuo do quadro clínico.
Sem necessidade de cirurgia no momento
A equipe descartou, por ora, a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica. “Ele tem reagido bem ao tratamento clínico e, por isso, não há indicação de cirurgia neste momento”, informou Fonseca.
O boletim reforça que a complicação intestinal é uma consequência direta do atentado de 2018, que gerou a necessidade de múltiplas cirurgias abdominais ao longo dos últimos anos. Segundo os médicos, as aderências intestinais formadas nessas operações são as responsáveis pela condição atual.
Acompanhamento contínuo
Jair Bolsonaro permanece sob observação médica e novas atualizações sobre o seu estado de saúde serão divulgadas conforme a evolução do quadro clínico.
