Mais de duas mil crianças morreram por engasgo nos últimos dez anos no Brasil. Foram 2.148 óbitos, sendo 84% causados pela ingestão de alimentos que obstruíram as vias respiratórias. Os demais casos (15,4%) envolveram aspiração de objetos pequenos, como brinquedos ou peças soltas.
Quase todos os casos fatais (94%) ocorreram antes dos 7 anos de idade, fase em que os reflexos de proteção das vias aéreas ainda estão em desenvolvimento. Além do risco de morte, a falta de ar pode comprometer a oxigenação do cérebro e causar sequelas permanentes.
Para ajudar a reduzir esses casos, a AACD realizou uma semana de conscientização com responsáveis por crianças com deficiência, público ainda mais vulnerável a engasgos devido a dificuldades neurológicas e na deglutição.
Entre as orientações da campanha estão: cortar alimentos redondos e duros, como uva ou tomate; manter a criança sentada e com a boca fechada ao comer; evitar que fale enquanto se alimenta; manter brinquedos pequenos fora do alcance de menores de quatro anos; e redobrar a atenção com objetos pequenos no chão, como botões ou moedas.
SBT News
