A cantora e compositora Cristina Buarque morreu neste domingo (20), aos 74 anos, no Rio de Janeiro. Segundo familiares, a artista enfrentava um câncer e faleceu por complicações da doença. A notícia abalou o cenário cultural brasileiro.
Filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e irmã de Chico Buarque, Miúcha e Ana de Hollanda, Cristina vivia na Ilha de Paquetá, no Rio. Apesar da discrição, ela conquistou espaço no meio musical com autenticidade e dedicação à tradição do samba.
Cristina não era apenas a irmã de Chico Buarque, era vista além disso, como uma das principais defensoras do samba de raiz.
Cristina Buarque e o compromisso com o samba
Durante os anos 1970, Cristina lançou seu primeiro disco solo. A obra reunia composições de nomes como Cartola, Manacéa, Tom Jobim e Paulinho da Viola. Dessa forma, ela reforçou sua identidade musical baseada no samba de raiz.
Além disso, Cristina sempre priorizou os sambistas da Velha Guarda. Sua atuação constante manteve vivas as raízes da música popular brasileira. Por isso, ela se tornou referência para uma geração de músicos e pesquisadores da cultura popular.
Leia também: ALRN reconhece escolas de samba de Natal como patrimônio cultural do estado
A cantora também teve forte relação com a Portela. Ela participou de diversas rodas de samba com a Velha Guarda da escola. Consequentemente, sua presença se tornou símbolo de respeito e resistência cultural.
Homenagens e legado cultural
Diversos artistas e entidades culturais lamentaram sua partida. A Escola de Samba Portela também publicou nota, exaltando sua dedicação à cultura brasileira. “O presidente da Portela Fábio Pavão, toda a família portelense se solidarizam com os familiares, amigos e fãs nesse momento”, declarou.
Por fim, Cristina deixa cinco filhos e uma carreira marcada pelo respeito à história musical do país. Seu legado segue vivo em cada samba entoado nas ruas, nas escolas e nas rodas culturais do Brasil.
