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Bebê Reborn vira febre e gera polêmica no Brasil

Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

Os bebês Reborn, bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos, viralizaram nas redes sociais. No entanto, a tendência passou a gerar polêmicas, como “adoções”, disputas judiciais e projetos de lei que propõem regras para o uso público desses bonecos. Recentemente, uma mulher foi filmada levando um boneco Reborn para atendimento médico em um hospital de Goiás, alegando que ele “não estava se sentindo bem”. A equipe médica foi mobilizada. O caso gerou indignação.

Nas imagens, a criadora mulher aparece preparando a bolsa do “filho”, chamado Bento. Ela inclui mamadeira, leite e roupinhas, como se estivesse saindo de casa com um bebê real. Durante o atendimento no hospital, o boneco é pesado e chega a ser “avaliado” por uma enfermeira.

O que é um bebê Reborn?

Bebê Reborn é um boneco artesanal feito com silicone ou vinil. O realismo impressiona: aparência, peso e até detalhes como marquinhas de vacina são reproduzidos. Os valores variam. Alguns custam mais de R$ 5 mil. Outros vêm com enxoval completo e acessórios. Apesar de parecerem brinquedos de luxo, muitos adultos tratam os bonecos como filhos de verdade.

Casos virais e disputas por “guarda”

Um casal viralizou após disputar judicialmente a guarda de um bebê Reborn. Segundo a advogada e influenciadora Suzana Ferreira contou no Instagram, os dois lucravam com a personagem nas redes sociais. Após a separação, houve briga pelo direito de continuar usando o boneco.

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Outro episódio chamou a atenção no último final de semana: um padre se recusou a batizar um bebê Reborn. A declaração repercutiu fortemente nas redes sociais.

“Batismo é um sacramento reservado a seres humanos vivos. Bonecos não têm alma. Não podem ser batizados”, afirmou o Padre Chrystian em postagem realizada no sábado (17), em seu perfil no Instagram.

O posicionamento gerou debates entre fiéis. Muitos concordaram com a decisão. Outros alegaram que o pedido de batismo seria simbólico, como parte do vínculo emocional com o boneco.

Projetos de lei foram propostos

Diante dos episódios, autoridades propuseram leis para lidar com a situação.

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Na Câmara dos Deputados, um projeto sugere multa de até R$ 50 mil para quem levar bebês Reborn a hospitais como se fossem reais.
Outro projeto propõe acompanhamento psicológico para pessoas que tratam o boneco como uma criança.

Um prefeito chegou a defender a internação compulsória nesses casos.

Psicóloga alerta para os riscos emocionais

A psicóloga Débora Sampaio comentou o assunto em vídeo que viralizou no Instagram.

Segundo ela, o apego aos bonecos pode ser terapêutico em alguns contextos, como em casos de perda gestacional, mas não concorda com a “humanização” que tem sido atribuída aos brinquedos. “A gente tá vendo um fenômeno contemporâneo das pessoas estarem tentando se relacionar com coisas que não tem vida. O bebê Reborn é um boneco. Tudo bem que a gente tem a necessidade de brincar ainda na vida adulta, mas brincar é uma coisa, lutar por direitos, humanizar algo que não tem vida, é outra”, enfatizou, destacando que o boneco não é capaz de sentir dor ou possui sentimentos. “Eles não sentem nada. Eles não amam”, afirmou.

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“Para onde está indo a nossa humanidade e afetividade?”, concluiu a psicóloga na descrição do vídeo.

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