A Prefeitura de São Paulo afastou 25 diretores afastados de escolas municipais com desempenho insatisfatório em 2023, conforme apontaram o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Paulistana (Idep). A medida integra o Programa Juntos pela Aprendizagem, que prevê uma requalificação intensiva para os gestores até dezembro.
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A decisão atinge diretores que atuam há pelo menos quatro anos em escolas consideradas prioritárias devido ao baixo desempenho. Além disso, a prefeitura informou que a capacitação inclui vivência em outras unidades educacionais, com foco na melhoria da gestão pedagógica.
Segundo a administração municipal, as escolas impactadas terão o reforço de um novo profissional na equipe gestora, enquanto os diretores afastados seguem recebendo salário normalmente. O objetivo, conforme a nota oficial, é garantir avanços na aprendizagem dos estudantes.
No entanto, a medida gerou polêmica. O vereador Celso Giannazi (Psol) criticou a ação, comparando-a a uma intervenção autoritária. “Parece que o prefeito Ricardo Nunes instituiu um AI-5 aqui, retirando diretores compulsoriamente das escolas”, afirmou em plenário.
Além disso, sindicatos como o Sinesp, Sedin e Sinpeem também se posicionaram contra. Em nota conjunta, as entidades repudiaram o afastamento e prometeram ações políticas e jurídicas em defesa da educação pública e dos direitos dos profissionais da área.
Eles criticaram ainda a Lei 18.221/2024, que autoriza o afastamento de diretores e a nomeação de interventores. Conforme os sindicatos, a lei foi aprovada sem debate público, penaliza professores readaptados e compromete a autonomia escolar.
