A Câmara Municipal promoveu, nesta sexta-feira (30), uma audiência pública para debater a situação crítica das lagoas de captação em Natal. O encontro, proposto pela vereadora Anne Lagartixa (PL), reuniu representantes da Prefeitura, órgãos ambientais, moradores e vereadores para discutir problemas como esgoto a céu aberto, obras inacabadas e o risco de contaminação por dejetos sanitários.
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Logo na abertura, Anne Lagartixa alertou para a gravidade do cenário. “A população tem denunciado mau cheiro, ligações clandestinas e um risco iminente de contaminação das águas das captações”, afirmou.
O debate também contou com a participação dos vereadores Matheus Faustino (União) e Herberth Sena (PV), além do secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, que apresentou ações em andamento para melhorar a situação.
Fiscalização, obras e desafios estruturais
Thiago Mesquita destacou que a Secretaria de Meio Ambiente (Semurb) vem utilizando georreferenciamento e drones para mapear e monitorar as lagoas. Ele ressaltou que, além da vigilância constante, a pasta já notificou e multou diversos responsáveis por despejos ilegais, incluindo a Caern.
“Já abrimos centenas de processos administrativos por lançamento clandestino de esgoto. Isso inclui pessoas físicas, empresas e até órgãos públicos”, explicou Mesquita.
O secretário adjunto de Infraestrutura, Lucas Pinheiro, informou que Natal possui 82 lagoas de captação catalogadas. Segundo ele, sem um sistema adequado de esgotamento, muitas dessas lagoas recebem esgoto diretamente.
Pinheiro citou avanços em obras estruturantes, como na Lagoa de Santarém, que recebeu investimento de R$ 5 milhões. “Hoje, ela suporta até 130 milímetros de chuva sem transbordar”, garantiu. Ele também apontou que outras lagoas, como a do Soledade, estão em processo de licitação.
Por fim, ele reforçou a necessidade de manutenção constante das estruturas e denunciou furtos de materiais como fator que agrava os problemas enfrentados.
