Reforma administrativa volta ao centro do debate político com a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante evento promovido pelo Grupo Esfera Brasil neste sábado (7), em São Paulo, o parlamentar defendeu mudanças urgentes no modelo de Estado brasileiro. Para ele, o atual sistema é ineficiente, custoso e injusto com os que mais produzem.
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Motta ressaltou a importância de se discutir a estrutura do serviço público. “Temos uma máquina que engorda, enquanto o cidadão emagrece”, afirmou. Segundo ele, o país precisa ter coragem para enfrentar a realidade fiscal e encarar os desafios da modernização com responsabilidade.
Além disso, o deputado criticou as isenções fiscais e os benefícios tributários que, segundo ele, “chegaram a um patamar insustentável”. A possível reavaliação de impostos como o IOF, embora não tenha sido citada diretamente, também pode entrar na pauta como alternativa para aumentar a arrecadação.
Reforma administrativa deve incluir meritocracia e inovação
Certamente, a reforma administrativa proposta por Hugo Motta pretende mais do que cortes. Ele anunciou a criação de um grupo de trabalho na Câmara, com a missão de elaborar uma proposta em até 40 dias. A ideia é incorporar inovações tecnológicas e critérios de meritocracia para aumentar a eficiência do serviço público.
O parlamentar afirmou que o Brasil está “em uma encruzilhada” e precisa decidir seu rumo. “O que está em jogo não é um número na planilha, é a liberdade do país”, declarou. Ele acredita que a reforma será essencial para garantir sustentabilidade e justiça fiscal.
Neste domingo (8), Motta participará de uma reunião com líderes partidários e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O encontro deve apresentar propostas estruturantes para o equilíbrio fiscal e pode marcar um novo momento no debate sobre o futuro do Estado brasileiro.
