Casos de Parkinson tendem a dobrar no Brasil nas próximas décadas. Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, estima que até 2060 o país terá cerca de 1,2 milhão de pessoas diagnosticadas com a doença.
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Atualmente, aproximadamente 500 mil brasileiros acima dos 50 anos convivem com o Parkinson. A condição afeta o sistema nervoso central, provocando morte de neurônios e sintomas como tremores e lentidão nos movimentos. Com o envelhecimento da população brasileira, o número de diagnósticos deve aumentar consideravelmente.
De acordo com Arthur Schuch, chefe da Neurologia do Hospital de Clínicas, a tendência é preocupante. “A gente espera que no ano de 2060, a gente tenha em torno de 1 milhão e 200 mil pessoas diagnosticadas com Parkinson”, afirmou o especialista.
Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com medicamentos, fisioterapia e práticas específicas. Um exemplo é a caminhada com bastões, oferecida pela Associação Parkinson do Rio Grande do Sul. Essa atividade tem melhorado a mobilidade de diversos pacientes.
“Temos relatos de pessoas que chegavam sem conseguir andar e hoje caminham bem com o auxílio dos bastões”, explicou a educadora física Luciane Duarte Rosa.
Além disso, o diagnóstico precoce é essencial. Quanto antes os sintomas forem identificados, maiores são as chances de preservar a qualidade de vida do paciente. Por isso, especialistas alertam para a importância de campanhas de conscientização sobre o Parkinson.