Violeta Chamorro morre neste sábado (14), aos 95 anos, na cidade de San José, na Costa Rica. A ex-presidente da Nicarágua foi a primeira mulher a ocupar o cargo máximo do país e marcou a história política latino-americana ao encerrar a guerra civil que devastava a nação centro-americana.
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Nascida em uma família tradicional e levada à política após o assassinato de seu marido, o jornalista Pedro Joaquín Chamorro, Violeta surpreendeu o mundo ao derrotar, nas urnas, o regime sandinista de Daniel Ortega, com amplo apoio popular e internacional. Sua vitória, em 1990, representou um divisor de águas para a Nicarágua.
Durante quase sete anos de mandato, Violeta Chamorro liderou uma complexa transição democrática. Assumiu um país polarizado e destruído por conflitos armados, mas conduziu um processo de pacificação e reconstrução que a consagrou como símbolo de estabilidade.
Chamorro entregou o cargo a um sucessor civil democraticamente eleito — um feito raro em uma nação marcada por autoritarismo, golpes e guerras. Até hoje, sua gestão é lembrada como um exemplo de conciliação nacional.
Seu filho, o jornalista Carlos Chamorro, confirmou a morte por meio de comunicado oficial da família. A ex-presidente morreu cercada por familiares.