O Rio São Francisco terá uma nova hidrovia para transporte de cargas entre o Sudeste e o Nordeste do Brasil. O anúncio foi feito pelo governo federal na última sexta-feira (13), durante apresentação do projeto, que visa utilizar os 1.371 km navegáveis do Velho Chico.
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Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, a expectativa é movimentar cerca de cinco milhões de toneladas por ano. Entre os produtos previstos, destacam-se gesso, gipsita, grãos, bebidas, sal, calcário, insumos agrícolas e minério.
O ministro Sílvio Costa Filho afirmou que a hidrovia será estratégica para o desenvolvimento da região. Ainda neste mês, ele deve assinar a delegação das obras à Companhia das Docas do Estado da Bahia. Em seguida, terão início os estudos técnicos necessários.
Nova hidrovia do Rio São Francisco será dividida em três etapas
A nova hidrovia do Rio São Francisco será implantada em três fases. A primeira cobrirá 604 quilômetros navegáveis entre Juazeiro e Petrolina, passando por Sobradinho e chegando a Ibotirama, todos na Bahia. Nessa etapa, o escoamento seguirá pelas rodovias até o Porto de Aratu-Candeias, na Baía de Todos os Santos.
Na segunda fase, o trecho entre Ibotirama e os municípios baianos de Bom Jesus da Lapa e Cariacá (172 km) será conectado por malha ferroviária aos portos de Ilhéus e Aratu-Candeias. Já a terceira etapa ligará Bom Jesus da Lapa e Cariacá até Pirapora (MG), com 670 km adicionais.
O percurso da hidrovia contempla o Distrito Federal, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, abrangendo 505 municípios e mais de 11,4 milhões de brasileiros.
Além disso, o governo federal planeja ampliar outras hidrovias em 2024, como as do Tapajós, Madeira, Parnaíba e Paraguai. No RN, será feita a proteção dos dolfins da Ponte Newton Navarro, para reforçar a segurança da navegação.
