Saúde

Usar filtros para “melhorar” selfies nas redes sociais pode afetar nossa autoestima, mostra estudo

Foto: Freepik

Uma nova pesquisa da Universidade do Missouri, nos EUA, lança luz sobre um comportamento crescente nas redes sociais: a autocomparação social. O termo foi introduzido por pesquisadores da instituição para descrever o ato de comparar a própria aparência com versões idealizadas de si mesmo – geralmente criadas com o uso de filtros digitais.

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A inspiração para o estudo veio do TikTok. A estudante de pós-graduação Makenzie Schroeder percebeu que muitas pessoas estavam postando selfies com filtros que as deixavam mais magras, acompanhadas de legendas como “minha motivação”.

Mas, ao contrário do que se costuma ver nas redes, essas imagens não eram de celebridades ou influenciadores, e sim de usuários comuns compartilhando versões “melhoradas” de si mesmos.

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A partir disso, Schroeder se perguntou: o que acontece quando as pessoas deixam de se comparar com os outros e começam a se comparar com suas próprias imagens filtradas?

Veja como estudo foi feito

Para investigar, ela se uniu à professora Elizabeth Behm-Morawitz. Juntas, conduziram um experimento com participantes de 19 a 66 anos, divididos em três grupos. Um grupo aplicou um filtro de emagrecimento em suas próprias selfies; outro assistiu a vídeos de alguém usando esse mesmo filtro; e o terceiro grupo usou um filtro neutro, que apenas mudava a cor da imagem.

Depois, todos responderam a perguntas sobre sua autoestima e percepção corporal. O resultado: quem usou filtros que alteravam o corpo demonstrou maior insatisfação com a própria imagem, mais desejo de perder peso e mais julgamento negativo em relação a corpos maiores.

Segundo Schroeder, “os filtros criam uma versão ‘aperfeiçoada’ da pessoa, o que torna a comparação mais direta e emocional do que quando vemos uma modelo no Instagram, por exemplo”.

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Essa é a essência da autocomparação social: ao se medir contra uma versão digitalmente editada de si mesmo, a pessoa pode intensificar sentimentos de inadequação, insegurança e obsessão com a própria aparência.

“Nem todos os filtros são prejudiciais”, afirma Schroeder. “Mas é fundamental entender o impacto que eles podem ter sobre como nos vemos”, pontua.

Embora o estudo tenha analisado efeitos imediatos, as pesquisadoras alertam para possíveis consequências de longo prazo, como distorções persistentes na autoimagem e maior pressão estética.

“Não podemos controlar o que os outros dizem sobre nossos corpos, mas podemos escolher nos apresentar de forma mais autêntica. Muitas vezes, essa é a atitude mais saudável”, diz Behm-Morawitz.

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*SBT News, com informações do Futurity

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