O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evita confirmar ataque ao Irã, mesmo após recentes declarações que intensificaram a crise no Oriente Médio. Questionado nesta quarta-feira (18) sobre a possibilidade de uma ação militar, Trump respondeu de forma ambígua: “Posso fazer isso, posso não fazer… Ninguém sabe o que eu vou fazer.”
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Além disso, o republicano afirmou que o Irã está enfrentando sérios problemas internos e que existem tentativas de negociação em curso. No entanto, ele acredita que já é “tarde demais” para um acordo nuclear. “Por que não negociaram comigo antes de toda essa destruição?”, questionou o presidente durante entrevista coletiva.
As falas de Trump vieram logo após ele revelar que os EUA conhecem o paradeiro do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, mas que não pretendem atacá-lo “por enquanto”.
Possível ofensiva preocupa a comunidade internacional
A escalada das ameaças aumentou depois que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou à ABC News que não descarta ordenar um ataque direto ao aiatolá. Conforme divulgado por fontes americanas, Trump teria recusado previamente esse plano, por temer uma guerra de grandes proporções. Ainda assim, Netanyahu defendeu a ofensiva, alegando que ela encerraria o conflito.
Certamente, o cenário se agravou com os ataques israelenses que mataram o general iraniano Ali Shadmani, além da destruição de um depósito de combustível em Teerã. Desde o início das hostilidades, mais de 200 iranianos e 24 israelenses morreram.
Como resultado, a ONU e o G7 intensificaram os apelos por um cessar-fogo imediato. O secretário-geral António Guterres pediu diálogo urgente e diplomacia para evitar um colapso na segurança global.