Papa Leão XIV condena abusos dentro da Igreja Católica e afirmou que nenhuma forma de violência — seja sexual, espiritual ou de autoridade — deve ser tolerada. A declaração foi feita em uma mensagem lida na sexta-feira (20), durante um evento em Lima, no Peru.
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A carta foi enviada à jornalista Paola Ugaz, que investigou e expôs os escândalos envolvendo o Sodalitium Christianae Vitae, grupo religioso fundado no país em 1971. O pontífice também elogiou a imprensa por sua coragem e cobrou proteção às vozes que revelam abusos.
Segundo Leão XIV, é urgente criar uma cultura de prevenção baseada em escuta, vigilância e transparência. “Essa cultura só será autêntica se nascer da escuta sincera daqueles que foram feridos”, escreveu.
Transparência e apoio às vítimas são prioridades
A mensagem reforça o papel essencial dos jornalistas na responsabilização dos líderes religiosos. Leão XIV destacou que uma imprensa livre é um “bem comum irrenunciável” e pediu às autoridades públicas que garantam sua proteção.
Anteriormente, o papa já havia atuado no Peru como bispo e missionário, acompanhando de perto os casos envolvendo o Sodalitium. Após ser chamado ao Vaticano, foi responsável por supervisionar a dissolução do grupo, inclusive promovendo a renúncia de um bispo envolvido.
