As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram, nesta segunda-feira (23), um novo ataque à usina nuclear de Fordo, no Irã. De acordo com o Exército israelense, a ofensiva teve como objetivo obstruir rotas de acesso ao complexo nuclear subterrâneo. A operação ocorre em meio ao crescente conflito na região desde 13 de junho.
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Além da usina de Fordo, localizada próxima à cidade de Qom, outros alvos foram atingidos em Teerã, incluindo a Prisão de Evin, a sede de segurança da Guarda Revolucionária, a Praça Palestina e unidades do Basij, corpo de voluntários paramilitares ligados à Guarda.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o regime iraniano será punido com “força total” pelos recentes ataques à retaguarda israelense. A televisão estatal iraniana confirmou os bombardeios, enquanto o judiciário do Irã declarou que a situação na prisão de Evin está sob controle, apesar de danos em algumas áreas do complexo.
No domingo (22), os Estados Unidos também bombardearam a usina de Fordo com bombas do tipo “bunker buster”, projetadas para penetrar estruturas subterrâneas fortificadas. Segundo Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os ataques provavelmente causaram danos significativos às centrífugas de enriquecimento de urânio.
Grossi alertou que qualquer movimentação de material nuclear entre instalações deve ser informada à agência, conforme o Acordo de Salvaguardas assinado pelo Irã. Ele disse ainda estar disponível para diálogo com o governo iraniano.
A escalada do conflito provocou reações internacionais. A Embaixada dos EUA no Catar emitiu um alerta por e-mail recomendando que cidadãos norte-americanos se abrigassem por precaução. Enquanto isso, o vice-ministro iraniano de Relações Exteriores, Saeed Khatibzadeh, declarou à Al Jazeera que o Irã está preparado para resistir “o tempo que for necessário” aos ataques “injustos e não provocados”.
Com informações do SBT News
