Juliana Marins, brasileira que caiu de um penhasco no entorno de um vulcão na Indonésia, foi encontrada morta nesta terça-feira (24), segundo a família da jovem. A informação foi compartilhada pelo perfil criado pela família no fim da manhã desta terça-feira (24).
“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.”
Natural de Niterói (RJ), Juliana fazia sozinha um mochilão pela Ásia desde fevereiro. A jovem passou por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar a Indonésia. No país, decidiu realizar uma trilha de três dias e duas noites no vulcão Rinjani, acompanhada de um guia e cinco turistas.
No segundo dia de percurso, ao parar para descansar, a jovem caiu do penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão. O guia, que teria dito para ela parar no caminho e depois reencontrar o grupo, suspeitou da demora e, cerca de 1 hora depois, viu que Juliana havia caído mais de 300 metros em um precipício.
Horas depois, outros turistas que passavam pela trilha conseguiram visualizar a jovem, com o auxílio de um drone. Eles que entraram em contato com a família da brasileira.
Demora no resgate foi fatal
A família de Juliana acusou o governo da Indonésia de divulgar mentiras sobre um possível resgate à jovem, além de forjar vídeos mostrando que ela recebeu alimentos, água e agasalho.
Em entrevista para a imprensa, a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarna) informou que a demora para iniciar os trabalhos de busca e salvamento aconteceu porque as equipes só foram avisadas do acidente depois que um integrante do grupo de Juliana conseguiu descer até um posto, em uma caminhada que levou cerca de 8 horas.
Drones mostraram que Juliana estava viva na segunda
Nos dois primeiros dias de buscas, drones com sensores térmicos não encontraram Juliana. Apenas na manhã de segunda-feira (23), ela foi localizada. A temperatura do corpo mostrou que ela ainda estava viva, porém se mantinha imóvel. Neste momento, ela já estava a uma profundidade de aproximadamente 500 metros.
Condições climáticas e geográficas prejudicaram resgate
Segundo a família de Juliana, dois helicópteros estavam de sobreaviso para o resgate, um em Sumbawa e outro em Jacarta, mas as condições climáticas impossibilitavam o vôo.
As condições geográficas também prejudicaram o trabalho de salvamento, segundo a Basarna. Alpinistas tentavam chegar até a brasileira por meio de cordas, mas a fixação de uma estrutura, no terreno que é arenoso e está escorregadio pela umidade, era dificultada.
SBT NEWS