A família de Juliana Marins denunciou nas redes sociais, neste domingo (29), o que classificou como descaso da companhia aérea Emirates no processo de traslado do corpo da publicitária, morta na Indonésia. Juliana, de 26 anos, caiu de um penhasco no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, enquanto fazia uma trilha no último dia 21.
Leia também:
Autópsia de Juliana Marins é divulgada à imprensa antes da família ser informada
Segundo os familiares, a Emirates não confirmou o voo de Bali para o Rio de Janeiro, atrasando o processo de repatriação. Em publicação no Instagram, a família criticou a empresa: “Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa!”. Mais tarde, relataram que, mesmo com o voo confirmado, a companhia alegou que o bagageiro “ficou lotado”.
O pai da jovem, Manoel Marins, está na Indonésia desde o início da semana para acompanhar pessoalmente os trâmites. A Emirates informou à Agência Brasil que está apurando o caso.
Trilha, acidente e resgate
Em primeiro lugar, é importante lembrar que Juliana desapareceu durante uma trilha no Monte Rinjani. As imagens de drone, que mostravam a brasileira ainda se mexendo, causaram grande comoção. No entanto, o resgate demorou dias e só foi concluído na quarta-feira (25). A família acusou as autoridades indonésias de negligência.
O laudo da autópsia revelou que Juliana morreu por hemorragia interna causada por fraturas e traumas contusos. A morte ocorreu em menos de 20 minutos após o início da hemorragia. Os legistas descartaram hipotermia como causa.
Apoio do governo e homenagem
Como resultado da mobilização pública, a prefeitura de Niterói doou R$ 55 mil para o traslado. Além disso, rebatizou uma trilha e um mirante em homenagem à jovem. O presidente Lula determinou que o Ministério das Relações Exteriores prestasse total apoio à família.
Por fim, um decreto publicado no Diário Oficial da União, na sexta-feira (27), autorizou o custeio do traslado de brasileiros mortos no exterior com recursos federais.
