Os médicos de Natal paralisaram atendimentos nesta terça-feira (15) em protesto contra as más condições de trabalho e a falta de avanço nas negociações salariais com a Prefeitura. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por sua vez, informou que a paralisação não comprometeu os serviços essenciais nas unidades públicas da capital.
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A mobilização, liderada pelo Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed RN), teve início com concentração na sede do sindicato e seguiu em carreata até a Prefeitura de Natal, com ato público. Em seguida, o grupo também protestou em frente à sede da SMS.
Segundo o Sinmed, os médicos reivindicam o descongelamento das gratificações, sem reajuste há mais de sete anos, além de melhores condições de trabalho. Embora outras categorias tenham sido contempladas com reajustes recentes, os médicos ainda não receberam proposta formal da Prefeitura.
A paralisação foi aprovada em assembleia realizada no último dia 9. A categoria alerta que uma nova paralisação pode ocorrer no dia 22 de julho, caso não haja avanço nas negociações.
Durante os atos, médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF), ambulatórios e psiquiatria denunciaram a sobrecarga e precariedade no atendimento à população. Discursaram no ato os dirigentes do Sinmed, Geraldo Ferreira e Francisco das Chagas, além dos médicos Alecildes Arruda, Amanda Torres e Gustavo Xavier.
O que diz a Prefeitura
Em nota oficial, a SMS afirmou que os serviços da rede pública seguem funcionando normalmente, incluindo UPAs, Samu, Maternidades e Hospitais. A secretaria defende que os médicos já foram beneficiados por uma política de reestruturação remuneratória, com reajustes e incorporações de gratificações que resultaram em impacto de R$ 1,4 milhão.
A pasta fez um apelo à categoria para que mantenha o diálogo aberto e encerre a paralisação, ressaltando o compromisso com a valorização profissional e a continuidade dos atendimentos à população.
