O publicitário Roberto Duailibi morre nesta sexta-feira (18), aos 89 anos, e deixa um legado marcante na história da propaganda brasileira. Fundador da agência DPZ, ele foi responsável por campanhas publicitárias que se tornaram ícones, como o Garoto Bombril e o Baixinho da Kaiser.
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Duailibi nasceu em São Paulo e, ainda na adolescência, mudou-se para a capital paulista. Desde cedo, demonstrou vocação para a comunicação. Em 1952, iniciou sua carreira na Colgate-Palmolive. Poucos anos depois, formou-se pela Escola de Propaganda de São Paulo, em 1956.
Ao longo de sua trajetória, trabalhou como redator em grandes agências, como JWT, McCann Erickson e Standard Propaganda. Com isso, consolidou sua reputação no setor criativo. Em 1968, fundou a DPZ ao lado de José Zaragoza, Francesc Petit e Ronald Persichetti. No ano seguinte, recebeu o título de “Publicitário do Ano” pelo Prêmio Colunistas.
Contribuições à formação e à cultura
lém da atuação criativa, Duailibi contribuiu ativamente para a formação de novos profissionais. Por exemplo, foi professor na ESPM e na Escola de Comunicações e Artes da USP. Como resultado, influenciou diretamente várias gerações de publicitários.
Duailibi também teve papel relevante na estrutura institucional do setor. Presidiu a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP) por dois mandatos. Além disso, participou de conselhos de entidades culturais e sociais, como a Fundação Bienal de São Paulo e o Fundo Social de Solidariedade do Estado.
Paralelamente, destacou-se como escritor e palestrante. Publicou livros como Criatividade & Marketing, em parceria com Harry Simonsen Jr., no qual apresentou a “régua heurística”, conceito voltado à inovação. Em 2005, lançou Cartas a um Jovem Publicitário, seguido da coleção Ideias Poderosas, escrita com Marina Pechlivanis.