O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (22) a retirada do país da agência de cultura e educação das Nações Unidas, a Unesco. Essa é a segunda vez que os EUA deixam a instituição internacional, a primeira foi em 2018, também sob a administração de Donald Trump. Em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que a Unesco mantém uma ‘agenda ideológica e globalista’ que vai ‘contra a política externa de America First’.
“A UNESCO promove causas sociais e culturais divisivas e mantém um foco desproporcional nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, uma agenda ideológica e globalista de desenvolvimento internacional que vai contra nossa política externa America First”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, em comunicado.
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Ainda segundo a porta-voz, a decisão da Unesco de admitir a Palestina como Estado-Membro é ‘altamente problemática, contrária à política dos EUA, e contribuiu para a proliferação da retórica anti-Israel dentro da organização”. A medida, que entrará em vigor em 31 de dezembro de 2026, é um golpe para a agência sediada em Paris, fundada após a Segunda Guerra Mundial para promover a paz por meio da cooperação internacional em educação, ciência e cultura.
Trump tomou medidas semelhantes durante seu primeiro mandato, deixando a Organização Mundial da Saúde, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, um acordo global sobre mudanças climáticas e o acordo nuclear com o Irã. Joe Biden reverteu essas decisões após assumir o cargo em 2021, devolvendo os EUA à Unesco, à OMS e ao acordo climático.