O presidente da CBF, Samir Xaud, recebeu nesta terça-feira (29) representantes dos clubes da Série D do Campeonato Brasileiro. O encontro serviu para reforçar o diálogo como pilar da atual gestão da entidade. A reunião foi no auditório da CBF, e contou também com a participação remota dos clubes que não puderam comparecer.
Em sua fala de abertura, o presidente Samir Xaud lembrou que em seu discurso de abertura prometeu uma gestão descentralizada na CBF, e que encontros como os que reuniu os dirigentes da Série D são a comprovação prática. É em reuniões como esta que a CBF ouve dos próprios clubes a realidade do futebol brasileiro na sua raiz, e quando a entidade pôde detalhar os avanços conquistados nestes primeiros 60 dias.
“Nesse novo modelo de gestão estamos fazendo reuniões com todas as Séries. Já fizemos com a B, agora foi com a D, e isso tem uma representatividade, porque nesse formato de gestão a gente quer trazer os clubes mais próximos das federações, e as federações também mais próximas da CBF. Escutar é muito importante, até para tomadas de decisões futuras da gestão da CBF”, disse Xaud.
Com 64 clubes participantes, a Série D tem um contexto particular, que se aproxima ao futebol dos campeonatos estaduais – algo que não era novo para Xaud. “Para mim momentos como esse são de grande importância, até porque eu vim de uma federação pequena, que hoje tem um clube que participa da Série D. Eu já tenho uma sensibilidade em relação aos assuntos ligados a ela”, explicou.
Por esse conhecimento prévio, o presidente destacou o esforço da CBF nestes 60 dias em encontrar uma fórmula para dar sustentabilidade econômica à Série D. Uma das formas encontradas para isso foi o acordo celebrado no início de julho com o grupo Metrópoles para transmissão dos jogos da Série D.
“Queremos ter um produto rentável, com mais visibilidade, e para isso é preciso mostrá-la”, explicou o presidente.Entre os assuntos abordados pelos dirigentes dos clubes, estavam as questões ligadas à finanças, à logística e ao calendário, já que na atual fase da competição, metade dos participantes foi eliminada e pode ficar sem compromissos até 2026. Por isso, a CBF já havia reunido sua equipe técnica para o aperfeiçoamento do formato da competição.
Representante dos clubes da Série D na Comissão Nacional de Clubes, Rogério Siqueira é a interface entre a CBF e as equipes participantes. Sua percepção é de que os anseios dos clubes que representa nunca foram tão bem recebidos.
“Foi uma reunião excepcional, correspondeu às nossas expectativas. Nós nos sentimos muito incluídos. O que a gente busca é sustentabilidade, e foi muito bom saber que isso está sendo estudado pela Diretoria de Competições”, disse ele, que vê evoluções entre as Série D de 2024 para 2025 e aposta que a de 2026 será ainda melhor.
