Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas causam cerca de 17,9 milhões de mortes por ano, o que corresponde a aproximadamente 32% do total de óbitos globais.
A Campanha Agosto Azul Vermelho é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) para informar a população sobre os cuidados com a saúde vascular e incentivar a prevenção e tratamento
A escolha das cores Azul Vermelho para representar o mês de cuidado com a saúde vascular, inspirou-se em como são geralmente representadas as veias (azul) e as artérias (vermelho).
O médico Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, ressalta que três das doenças cardiovasculares estão no topo das mais graves.
Trombose venosa
Ainda com dados do Ministério da Saúde a cada mil brasileiros, um ou dois já sofreu com trombose – doença causada por uma formação de coágulos de sangue nas veias das pernas.
“Um dos agravantes é que ela pode levar a uma embolia pulmonar, que é quando uma artéria do pulmão é obstruída, e daí a falta de ar é um dos primeiros sintomas”, alerta o médico.
Aneurisma da aorta
Sem sintomas, ao primeiro sinal do problema, se for a ruptura, cerca de 80% das pessoas morrem, sendo que 50% chegam vivas aos hospitais e apenas 50% sobrevivem a cirurgia que reverte o caso.
O aneurisma de aorta pode matar em até 90% dos casos. “Essa taxa de mortalidade é tão alta porque a aorta – que é a principal artéria do corpo – pode dilatar e se romper, e isso pode ser fatal”, afirma Dr Caio que lembra alguns fatores de risco: idade, o uso de tabaco, a hipertensão e o histórico familiar.
A boa notícia é que até por exame físico clínico já é possível identificar o problema e o grande risco não está em ter aneurisma de aorta, mas sim em deixa-la chegar até as últimas consequências que é quando essa artéria se rompe.
O primeiro sintoma de um aneurisma da aorta pode surgir apenas na hora da sua ruptura e daí já levar à morte em muitos casos.
Em outros, antes de romper, a pessoa pode ter dor abdominal ou lombar, ou sentir um incômodo pulsátil na barriga, compressão dos órgãos ou isquemia dos pés e nas pernas, ou não sentir absolutamente nada. Mas, quando se rompe, a dor abdominal e/ou lombar é forte, seguida de um mal estar intenso, queda da pressão arterial, taquicardia, palidez e sudorese.
Doença arterial periférica
Um dos primeiros sinais da doença é a dor nas pernas ou surgimento de feridas dolorosas de difícil cicatrização, além de dor ao caminhar. A doença arterial periférica acontece devido à má circulação sanguínea nas artérias dos membros inferiores. “Nesse caso, um dos principais riscos é a amputação dos membros”, explica o médico.
Para todas as doenças, Dr. Caio alerta que existe prevenção que pode ser feita com o check up anual. “As doenças vasculares mais graves geralmente são silenciosas.
O ideal é agir antes que elas ocorram e isso é possível apenas com um exame clínico feito em consultório e com a ajuda de um ultrassom podem medir o grau de insuficiência venosa, verificar o grau de calcificação das artérias e ainda permite uma análise dos vasos sanguíneos por imagem.
Assim, fica mais fácil indicar qualquer problema que o paciente possa vir a desenvolver e já iniciar o tratamento antes que surjam maiores complicações”, finaliza o médico.
