O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (14), em Washington, que espera novas sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras e possivelmente mais tarifas sobre produtos nacionais. Segundo ele, as medidas seriam uma resposta à “crise institucional” causada pelo tratamento dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar desde 4 de agosto.
Em entrevista no escritório da Reuters, após reuniões com autoridades norte-americanas, Eduardo disse não ver possibilidade de negociação para reduzir tarifas sem concessões por parte do STF.
“Os ministros do Supremo têm que entender que perderam o poder. Não existe cenário em que a Suprema Corte saia vitoriosa desse imbróglio. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo”, declarou.
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Eduardo classificou as tarifas sobre carne bovina, café, peixe e calçados como um “remédio amargo” para conter o que descreveu como ofensiva legal contra seu pai. Disse ainda que novas restrições de visto impostas por Washington a autoridades brasileiras podem atingir o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ex-presidente Dilma Rousseff.
O parlamentar afirmou que o agronegócio brasileiro, base de apoio de Bolsonaro, vê eventuais perdas econômicas como um custo aceitável para “resgatar a normalidade institucional”. Ele também defendeu sanções contra a esposa de Moraes e afirmou que mais tarifas contra o Brasil são possíveis.
