Líderes europeus apoiam Zelensky em uma reunião decisiva com Donald Trump, nesta segunda-feira (18), na Casa Branca. O encontro acontece em meio à pressão do ex-presidente americano por um acordo que encerre a guerra na Ucrânia, já em seu quarto ano. A presença da União Europeia e da Otan foi confirmada neste domingo (17), em um gesto de solidariedade ao presidente ucraniano.
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Entre os líderes que confirmaram participação estão Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia).
Reunião após encontro com Putin
A reunião ocorre poucos dias depois de Trump se encontrar com Vladimir Putin no Alasca. Após o encontro, Trump declarou que a melhor forma de encerrar a guerra seria por meio de um acordo de paz definitivo, e não apenas de um cessar-fogo. Contudo, há expectativa de que o republicano pressione Zelensky a aceitar concessões territoriais exigidas por Moscou, hipótese rejeitada por ucranianos e europeus.
Além disso, antes de embarcar para os Estados Unidos, Zelensky realiza conversas com os aliados europeus. Na pauta está a chamada “coalizão dos dispostos”, que busca ampliar o apoio militar e financeiro à Ucrânia, além de discutir o envio de tropas pacificadoras caso um cessar-fogo seja alcançado.
Apoio europeu é estratégico
A participação dos líderes europeus também tem caráter estratégico. Eles querem evitar novo confronto direto entre Trump e Zelensky, como o ocorrido em fevereiro, quando uma reunião na Casa Branca terminou em acusações públicas. Assim, a presença da União Europeia e da Otan busca reforçar a posição de Kiev e sinalizar unidade no apoio ao país invadido.
