O Governo do Rio Grande do Norte deve concluir na próxima semana o Plano de Ações de Convivência com a Seca, que inclui a possibilidade de decretar situação de emergência em municípios atingidos pela estiagem, desburocratizando processos e agilizando medidas do Estado.
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O agravamento da seca no Seridó, Central e Oeste levou 75 municípios a decretarem emergência. Atualmente, 70 municípios são atendidos pela Operação Carro-Pipa, ação federal que garante abastecimento de água à população.
O plano abrange medidas como ampliação de subsídios para ração animal, crédito bancário, investimentos em logística de recursos hídricos, além de ações para abastecimento humano, dessedentação animal e agricultura.
Investimentos estratégicos e infraestrutura
O Governo já investe em programas de perfuração de poços artesianos, com meta de 500 unidades até 2026, e na construção de quase 500 cisternas. Também trabalha na recuperação de 28 barragens e açudes, instalação de mais de 140 dessalinizadores e construção de quase 1.300 km de adutoras e redes de distribuição.
Um dos maiores projetos é o Complexo Hidrossocial Oiticica, em Jucurutu, que inclui barragem com capacidade de 743 milhões de m³, três agrovilas e reassentamento da comunidade Nova Barra de Santana. O investimento total é de R$ 893 milhões, garantindo água e renda para cerca de 1,8 milhão de pessoas.
Outros projetos estratégicos incluem:
Projeto Seridó: levar água a 400 mil pessoas em 22 municípios até dezembro de 2025, com segurança hídrica para os próximos 50 anos.
PISF – Ramal do Apodi: 115 km de extensão, com 73,2% das obras físicas concluídas.
Adutora Apodi-Mossoró: investimento de R$ 82 milhões, previsão de testes no 2º semestre de 2025.
Recuperação do Canal Pataxó: 9,4 km, custo de R$ 2,2 milhões, para perenização do Rio Pataxó.
2.487 cisternas: atendendo 28 municípios, priorizando famílias chefiadas por mulheres e povos tradicionais.
140 dessalinizadores instalados em comunidades rurais.
Segurança hídrica e dignidade
Segundo o Governo, o objetivo é garantir acesso à água potável, tanto para consumo humano quanto para produção agropecuária, principalmente em regiões historicamente afetadas pela seca. A gestão estadual prioriza projetos que integrem sustentabilidade, tecnologia e justiça social, transformando vidas e assegurando recursos hídricos de forma planejada e duradoura.
