O pianista Miguel Proença morreu aos 86 anos na sexta-feira (22), no Rio de Janeiro. Internado desde junho no Hospital São Vicente, na Gávea, ele não resistiu a uma falência múltipla de órgãos. Reconhecido como uma referência da música erudita brasileira, o artista construiu uma carreira marcada pela excelência e pelo compromisso com a difusão cultural.
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Legado do pianista Miguel Proença
Natural de Quaraí, no Rio Grande do Sul, Proença dedicou mais de 60 anos à música. Durante sua trajetória, se destacou como intérprete e também como professor. Lecionou no Brasil e na Alemanha, formando gerações de pianistas e ampliando o alcance do piano brasileiro.
Além disso, realizou turnês em países da Europa, Ásia e América do Norte, levando o repertório nacional a públicos de diferentes culturas. Como resultado, conquistou reconhecimento internacional e se consolidou como um dos principais porta-vozes da música erudita brasileira.
Paralelamente à carreira artística, exerceu cargos de relevância na gestão cultural. Foi diretor da Sala Cecília Meireles entre 2017 e 2019 e, no mesmo ano, assumiu a presidência da Funarte, instituição responsável por fomentar diversas áreas das artes no Brasil.
Anteriormente, também havia atuado como secretário de Cultura do Rio de Janeiro, entre 1983 e 1988. Durante esse período, fundou a Orquestra de Câmara da Cidade do Rio de Janeiro e dirigiu a Escola de Música Villa-Lobos.
O Ministério da Cultura lamentou a morte do pianista Miguel Proença, destacando sua importância para a valorização da música brasileira e o incentivo a novos talentos. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento.