O Brasil registrou o primeiro caso de câncer raro silicone, relacionado ao uso de implantes mamários. O caso foi identificado em Barretos (SP) e divulgado em estudo internacional.
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A vítima, uma mulher de 38 anos, recebeu implantes de silicone aos 20 anos e só notou o problema quando apresentou dor e aumento repentino da mama. Mesmo após passar por cirurgia para retirada da prótese e da cápsula fibrosa, ela não resistiu e morreu cerca de dez meses após o diagnóstico.
Câncer raro silicone preocupa especialistas
O carcinoma espinocelular associado a implantes mamários (BIA-SCC) é considerado extremamente raro. De acordo com a equipe do Hospital de Amor, que investigou o caso, existem apenas 16 registros semelhantes no mundo. O estudo foi publicado na revista científica Annals of Surgical Oncology.
Segundo o mastologista Idam de Oliveira Júnior, coordenador da pesquisa, o tumor não deve ser confundido com o câncer de mama tradicional. “O tumor do silicone surge nas células da cápsula fibrosa formada pelo corpo ao redor do implante, e não nas glândulas mamárias”, explicou.
Além disso, os especialistas alertam que ainda não há consenso sobre diagnóstico, classificação e tratamento da doença. Dessa forma, médicos recomendam que mulheres com implantes fiquem atentas a sinais como dor, inchaço e acúmulo de líquido.
Importância da prevenção
Embora os casos sejam raríssimos, profissionais de saúde reforçam que consultas regulares e exames de rotina são fundamentais. Dessa maneira, qualquer alteração ao redor do implante deve ser investigada o quanto antes.