Cerca de dois milhões de crianças e adolescentes têm TDAH no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção. O transtorno, muitas vezes confundido com mau comportamento em sala de aula, ainda é subdiagnosticado. Apenas 20% recebem tratamento adequado.
Leia também:
Covid-19 acelera envelhecimento dos vasos sanguíneos
Logo, especialistas reforçam que identificar o transtorno o quanto antes garante melhores resultados. Além disso, professores estão sendo capacitados para reconhecer sinais e apoiar famílias, o que pode transformar vidas.
Diagnóstico precoce muda histórias
Em Porto Alegre, a professora Kelly Dalariva contou como a vida do filho Benício, de 8 anos, mudou após o diagnóstico. “Sempre nos diziam que ele não tinha nada. Mas, depois do tratamento e da medicação, tudo mudou”, relatou.
Segundo o psiquiatra Vítor Rocco Torrez, a falta de informação ainda é um obstáculo. “Muitas vezes, essas crianças são vistas como malcriadas. No entanto, quando há compreensão, diagnóstico e tratamento corretos, a vida delas é redirecionada. A inteligência está ali”, explicou.
Capacitação de professores amplia apoio
Recentemente, o Rio Grande do Sul sediou o evento “TDAH Levado a Sério”, que reuniu mais de 100 educadores. O objetivo foi capacitar professores para compreender o comportamento dos alunos e adotar estratégias eficazes.
De acordo com Iane Castelmann, representante da Associação Brasileira de Déficit de Atenção, a informação científica de qualidade garante que professores identifiquem sinais precoces e reduzam impactos no futuro.
A professora Larissa Lorenzoni, participante da formação, destacou a importância do trabalho conjunto com as famílias. “Precisamos alinhar estratégias entre escola e casa para que a criança tenha rotina e segurança”, afirmou.
