Polícia

Morte de gari: mensagens deletadas levantam dúvidas sobre delegada

Foto: Reprodução

Durante coletiva na sexta-feira (29), o delegado Matheus Moraes, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), afirmou que mensagens apagadas no celular de Renê da Silva Nogueira Júnior, autor confesso da morte de gari Laudemir de Souza Fernandes, levantam novas dúvidas. O crime ocorreu em 11 de agosto, em Belo Horizonte.

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Segundo o delegado, o material deletado gera questionamentos sobre o possível envolvimento da delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa do suspeito. As mensagens poderiam indicar se ela sabia que o marido estava armado ou se tinha ciência do assassinato naquele dia.

Comunicação sob investigação

No dia do crime, diversas mensagens entre o casal desapareceram. Depois disso, eles passaram a se falar apenas por ligações via aplicativo. “Como não tivemos acesso ao conteúdo, não podemos concluir se ela sabia, ou não, do crime”, explicou Moraes. Além disso, ele destacou que o casal se comunicava com frequência.

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No entanto, como não foi possível acessar o teor das chamadas de voz, a polícia ainda não sabe se a delegada tomou conhecimento do crime logo após os disparos ou somente quando o marido pediu ajuda depois da chegada da Polícia Militar.

Uso da arma

Outro ponto levantado foi o uso da arma. De acordo com Moraes, a delegada permitia que o marido utilizasse sua pistola pessoal. “Ela sabia que ele andava armado e consentia com tal comportamento”, disse o delegado.

No dia do assassinato, Ana Paula prestou depoimento e afirmou que Renê não tinha acesso ao armamento. Contudo, os investigadores apontam contradições entre o relato e as conversas anteriores analisadas.

Indiciamento e próximos passos

Nesta sexta-feira (29), a Polícia Civil indiciou o casal por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Um dia antes, Ana Paula já havia sido afastada do Comitê de Ética em Pesquisa da Academia de Polícia Civil.

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O resultado da investigação segue agora para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Assim que receber o material, o órgão terá dez dias para oferecer denúncia contra os indiciados.

Enquanto isso, a Corregedoria da PCMG mantém as apurações administrativas. Ana Paula continua afastada da corporação alegando problemas de saúde.

Relembre o caso

Laudemir, de 44 anos, foi morto após uma discussão de trânsito no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na Grande BH. Segundo testemunhas, Renê ameaçou os garis, desceu do carro e atirou contra o grupo. Em seguida, entrou no veículo e saiu como se nada tivesse acontecido.

O gari Tiago Rodrigues tentou socorrer o colega, mas Laudemir não resistiu. Informações de testemunhas e câmeras de segurança ajudaram a polícia a localizar Renê. Ele chegou a negar o crime no momento da prisão, mas a perícia confirmou que a arma usada pertencia à esposa.

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