O acidente no Elevador da Glória deixou 16 mortos e cerca de 20 feridos em Lisboa, na última quarta-feira (3). O bondinho, considerado um dos pontos turísticos mais tradicionais da cidade, descarrilou após a ruptura do cabo que unia as duas cabines. As informações foram confirmadas nesse sábado (6) pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Ferroviários (GPIAAF).
Leia também:
Trump prepara novas sanções Rússia em resposta a ataque
Segundo o relatório preliminar, a falha ocorreu no ponto de fixação do cabo dentro da cabine nº 1, que havia partido do topo da Calçada da Glória. Com o rompimento, o sistema de frenagem de emergência não conseguiu suportar a carga. Apesar disso, o documento destacou que o restante da estrutura estava em boas condições e com a manutenção em dia.
Autoridades cobram modernização do sistema
Além disso, o presidente da Ordem dos Engenheiros de Portugal (OE), Fernando de Almeida Santos, afirmou que o acidente expôs a fragilidade da tecnologia utilizada nos funiculares de Lisboa. Segundo ele, a linha da Glória viu a demanda triplicar na última década, mas segue operando com um sistema considerado obsoleto.
“As autoridades precisam agir para garantir segurança. A engenharia atual oferece soluções muito mais modernas do que as usadas em equipamentos do século passado”, declarou Santos.
O Elevador da Glória, inaugurado em 1885, liga a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto. O bondinho tem capacidade para 42 passageiros e já era apontado como um dos símbolos turísticos de Lisboa.
