O 7 de Setembro no Rio foi marcado por duas grandes manifestações que ocuparam as ruas do centro da cidade. De um lado, o tradicional desfile cívico-militar atraiu milhares de pessoas com a presença de integrantes das Forças Armadas, forças de segurança estaduais e estudantes. De outro, o Grito dos Excluídos levou às ruas sindicatos, movimentos sociais e familiares de vítimas da violência do Estado.
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O protesto ocorreu a poucos metros do desfile oficial e trouxe como tema central a soberania nacional. Entretanto, as reivindicações se ampliaram para causas trabalhistas, defesa da Amazônia e solidariedade ao povo palestino.

Foto: bruno.fernandes
Grito dos Excluídos pede justiça e direitos sociais
Logo na linha de frente estavam mães que perderam filhos em ações policiais. Nívia do Carmo Raposo, fundadora do Movimento de Mães e Familiares de Vítimas da Violência Letal do Estado, destacou a luta por perícia independente e julgamentos no júri popular. “Não queremos que outras mães carreguem as fotos de seus filhos mortos. Lutamos pelo direito à vida”, disse.
Além disso, manifestantes levaram cartazes contra a escala de trabalho 6×1, pela taxação dos super-ricos e pela isenção do imposto de renda até R$ 5 mil. O vereador Rick Azevedo (PSOL) agradeceu o apoio à sua pauta: “Nós não vamos recuar. Pra cima do Congresso Nacional”.
Desfile oficial destaca forças de segurança
O desfile oficial começou na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Palácio Duque de Caxias. Cerca de 5 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica desfilaram, junto a policiais civis, militares e guardas municipais. O público acompanhou ainda a passagem de 250 veículos e o sobrevoo de aeronaves.

Foto: bruno.fernandes
Outros protestos marcam o dia
Paralelamente, grupos bolsonaristas realizaram um ato em Copacabana. Os participantes pediram anistia para condenados dos atos golpistas e defenderam o ex-presidente Jair Bolsonaro. Havia também faixas de apoio ao presidente americano Donald Trump.
