A PF prende oito suspeitos em flagrante nessa sexta-feira (13), acusados de integrar uma organização criminosa responsável por um ataque hacker que desviou mais de R$ 1 bilhão do sistema financeiro nacional. Segundo a corporação, trata-se de uma das maiores fraudes bancárias já registradas no país.
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De acordo com a Polícia Federal, o grupo explorava vulnerabilidades para retirar valores do arranjo Pix por meio de contas PI mantidas junto ao Banco Central. As prisões em flagrante foram convertidas em preventivas, e os investigados responderão por organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meio eletrônico.
Além disso, as investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema. Conforme nota oficial, a PF destacou que a proteção do sistema financeiro e o combate a fraudes digitais seguem como prioridade.
Relembre o caso
Em julho, criminosos invadiram os sistemas da C&M Software, empresa de tecnologia que presta serviços a instituições financeiras no Brasil. Na ocasião, João Nazareno Roque, de 48 anos, funcionário da companhia, foi preso sob acusação de facilitar a ação dos hackers.
Segundo as apurações, pelo menos R$ 541 milhões foram desviados da BMP Instituição de Pagamento. Roque confessou ter entregue logins e senhas a criminosos em troca de R$ 15 mil. Além disso, afirmou que recebia instruções por meio da plataforma Notion e executava comandos desde maio.
O operador de TI revelou ainda que trocava de celular a cada 15 dias por ordem do grupo, em uma tentativa de evitar rastreamento das autoridades.
