Saúde

Setembro Amarelo: depressão pós-parto afeta uma em cada quatro mulheres no país

Foto: Freepik

No Brasil, 26,3% das mulheres apresentam sintomas de depressão pós-parto, conforme estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A taxa é superior à estimada pela OMS para outros países em desenvolvimento (19,8%); e quando não tratada, a condição pode evoluir para quadros de adoecimento psicológico grave, com risco de suicídio. Esse cenário ganha ainda mais destaque durante o Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção, que este ano conta com o reforço da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn) para chamar atenção à saúde mental materna.

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De acordo com Robinson Dias, presidente da Sogorn, durante a janela do puerpério – período de seis a oito semanas após o parto, quando o corpo da mulher se recupera e retorna ao estado pré-gestacional – ocorrem intensas transformações físicas, emocionais e sociais que, somadas à exaustão e à adaptação ao bebê, podem tornar a mulher mais vulnerável a quadros de depressão.

“Fatores como a falta de apoio familiar, histórico de violência, consumo de álcool ou tabaco durante a gestação e experiências negativas no parto aumentam ainda mais esse risco”, pontua o especialista.

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O acolhimento é peça-chave no enfrentamento da depressão pós-parto. Orientar a mãe a procurar atendimento médico, oferecer escuta sem julgamentos e dividir as responsabilidades do cuidado com o bebê são atitudes que podem salvar vidas e devem partir tanto da família quanto dos profissionais da saúde.

“Quando negligenciada, a saúde mental da mãe se torna um fator de risco grave. Por outro lado, quando há apoio médico, psicológico e familiar, as chances de recuperação aumentam significativamente. Não se trata apenas de cuidar do bebê, mas de garantir que a mãe esteja bem para exercer esse papel”, finaliza o presidente da Sogorn.

Como identificar os sinais

A psicóloga Sydennya Lima alerta que os sintomas da depressão pós-parto podem se manifestar de diferentes formas, incluindo tristeza persistente e choro frequente, irritabilidade e alterações de humor, dificuldade de criar vínculo com o bebê, perda de interesse por atividades antes prazerosas, além de pensamentos de culpa, incapacidade ou até ideação suicida.

“É importante que a família esteja atenta, quanto mais cedo essas mudanças forem identificadas, melhor é o prognóstico. Durante essa fase, a mulher passa por diversas mudanças, tanto físicas quanto emocionais, caso os sintomas sejam identificados, buscar apoio psiquiátrico e psicológico com profissionais qualificados, é fundamental”, finaliza a profissional, que também é professora do curso de Psicologia da Estácio.

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