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COP-30 fortalece multilateralismo, afirma Marina Silva

Foto: José Cruz/Agência Brasi

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a COP-30 fortalece multilateralismo e abre espaço para cooperação global frente às mudanças climáticas. O encontro será realizado em Belém, no Pará, em novembro deste ano, e reunirá líderes de diversos países em busca de soluções conjuntas.

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Durante coletiva de imprensa após o último encontro do Balanço Ético Global, em Nova York, Marina reforçou que a diplomacia climática vive um momento delicado. “O multilateralismo corre o risco de ser estilhaçado, e este seria o pior dos mundos”, disse.

COP-30 fortalece multilateralismo em meio a desafios

A ministra destacou que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, prevista para 2026, representa grande retrocesso. Apesar disso, ela enxerga a conferência como uma chance de reafirmar o compromisso dos países com o futuro climático. “Este é o momento de demonstrar união”, afirmou.

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Segundo Marina, os desafios incluem garantir US$ 1,3 trilhão até 2035 para apoiar países em desenvolvimento, reduzir emissões e acelerar a transição energética. Ela ressaltou a necessidade de investir em energias renováveis e de abandonar o uso de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural.

Além disso, a ministra defendeu que governos tripliquem o uso de fontes renováveis, dupliquem a eficiência energética e ampliem investimentos em uma matriz limpa e diversificada. “Não podemos mais protelar decisões já tomadas”, declarou.

Hospedagem em Belém preocupa organização

Outro ponto levantado por Marina foi o aumento abusivo nos preços de hospedagem em Belém. Relatos indicam reajustes de até dez vezes acima do normal. “São inaceitáveis”, criticou. O governo federal e o do Pará buscam soluções legais para garantir que delegações e sociedade civil participem do evento.

O embaixador André Corrêa do Lago acrescentou que há esforços para assegurar quartos a países de menor desenvolvimento relativo e a pequenas ilhas. Ainda assim, reconheceu que a disparidade nos preços segue como desafio para a organização da conferência.

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