O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo abertura de diálogo entre os dois países e negando que seu governo seja responsável pelo tráfico de drogas. A iniciativa ocorre em meio à escalada de tensões no Caribe, com movimentações militares norte-americanas e respostas de Caracas.
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A crise ganhou destaque após os EUA enviarem caças e navios de guerra à região e destruírem embarcações venezuelanas. Maduro respondeu mobilizando civis em treinamentos para eventual combate, enquanto Washington ofereceu recompensa de 50 milhões de dólares por sua captura, acusando-o de liderar um cartel de drogas.
Conflito militar e acusações
Segundo informações recentes, o Exército dos EUA atacou um barco alegadamente ligado ao narcotráfico, matando três pessoas. Desde setembro, outras três embarcações foram destruídas, totalizando 17 mortos. Entretanto, Trump ainda não apresentou provas concretas de que as embarcações transportavam drogas. Maduro critica as ações, afirmando que são pretextos para justificar escalada militar.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, destacou que os mortos eram pescadores inocentes e classificou os ataques como “crimes contra a humanidade”, pedindo investigação da ONU. O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, reforçou a denúncia no X (antigo Twitter), solicitando que o Conselho de Segurança da ONU exija o fim imediato das ações militares norte-americanas no Caribe.
Além disso, o canal oficial de Maduro no YouTube, com 233 mil inscritos, foi removido da plataforma. A Televisión del Sur afirmou que a decisão ocorreu “sem justificativa” e apontou possibilidade de motivação política ligada às operações militares dos EUA.