O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo confirmou, neste sábado (27), duas mortes por intoxicação por metanol. Os óbitos ocorreram em São Bernardo do Campo e na capital paulista. Além disso, dez casos estão sob investigação, sendo seis deles com internação hospitalar.
Leia também:
Medicamentos podem comprometer direção segura, alerta Abramet
O CVS acompanha a fiscalização dos municípios em distribuidoras, bares e outros estabelecimentos que comercializam bebidas possivelmente adulteradas. As ações buscam evitar novos casos e proteger a população do consumo de produtos contaminados.
Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad/MJSP), nove pessoas foram intoxicadas e internadas nos últimos 25 dias após consumir bebidas “batizadas” em bares e restaurantes de São Paulo. A notificação foi feita pelo Sistema de Alerta Rápido (SAR), destacando que o número de ocorrências está acima do padrão considerado seguro pelas autoridades de saúde. Alguns pacientes permanecem em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Historicamente, os casos de intoxicação por metanol estavam ligados ao consumo de combustíveis por pessoas em situação de rua ou em contextos de abuso de substâncias. No entanto, desta vez, o padrão mudou: as intoxicações ocorreram em ambientes sociais, envolvendo diferentes tipos de bebidas adulteradas, como gin, uísque e vodca. Este cenário é considerado inédito pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox).
