O número de casos de intoxicação por metanol continua crescendo no Brasil. Segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada nessa sexta-feira (3), o país já soma 113 notificações, distribuídas em seis estados. Desse total, 11 casos foram confirmados e 102 seguem em investigação.
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Logo, São Paulo concentra a maior parte das ocorrências, com 101 notificações — sendo 11 confirmadas e 90 em análise. Além disso, Pernambuco investiga seis casos, enquanto Bahia e Distrito Federal têm dois cada. Paraná e Mato Grosso do Sul registraram um caso cada.
Entre as notificações, há 12 mortes associadas ao consumo de bebidas adulteradas: uma confirmada em São Paulo e outras 11 ainda sob apuração. As mortes investigadas estão distribuídas entre São Paulo (8), Pernambuco (1), Bahia (1) e Mato Grosso do Sul (1).
Situação crítica em São Paulo
O estado de São Paulo responde por mais de 90% dos casos de intoxicação por metanol no país. Conforme a Secretaria de Saúde, há 102 registros entre confirmados e em investigação. Um óbito foi confirmado na capital e outros oito seguem em análise, sendo cinco em São Paulo, dois em São Bernardo do Campo e um em Cajuru.
Como resultado do aumento nas ocorrências, as autoridades ampliaram a fiscalização. Até agora, dez estabelecimentos foram interditados e 30 pessoas presas por envolvimento em falsificação e comércio ilegal de bebidas alcoólicas. Apenas nesta semana, a polícia apreendeu 4.500 garrafas adulteradas e prendeu oito suspeitos.
Além disso, o governo paulista anunciou a compra emergencial de 2 mil ampolas de álcool etílico absoluto, substância utilizada no tratamento de pacientes intoxicados.
Sintomas e recomendações
A intoxicação pode causar sintomas entre 6 e 12 horas após a ingestão, como náuseas, vômitos, dor abdominal e tontura. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar visão borrada, sensibilidade à luz, confusão mental, respiração acelerada, coma e até morte.
Por isso, o Ministério da Saúde reforça que, diante de qualquer suspeita, é fundamental buscar atendimento médico imediato. Assim, aumentam-se as chances de recuperação e evita-se o agravamento do quadro clínico.
