O governo de São Paulo confirmou neste sábado (4) a segunda morte por metanol no estado. Segundo a Secretaria de Saúde, há outros sete casos sob investigação. Desde o início do surto, já foram contabilizados 162 registros de intoxicação, entre confirmados e suspeitos.
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De acordo com o balanço mais recente, 14 casos foram confirmados, resultando em dois óbitos — ambos na capital paulista. Outros 148 seguem em análise, sendo sete deles também fatais. As autoridades intensificaram as ações de fiscalização para conter a venda de bebidas adulteradas que podem conter metanol.
Ações de combate e prisões
As operações da Polícia Civil de São Paulo resultaram em 41 prisões por envolvimento com adulteração de bebidas. O número representa um aumento significativo em relação ao balanço anterior, divulgado na sexta-feira (3), quando havia 30 detidos. As prisões ocorreram na capital e em cidades da região metropolitana, como Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí.
Além das prisões, foram apreendidos milhares de itens, como garrafas, rótulos falsificados e outros materiais utilizados na produção irregular. Conforme informações oficiais, 11 estabelecimentos foram interditados, total ou parcialmente. A força-tarefa do governo paulista continuará atuando nos próximos dias para impedir novos casos de contaminação.
Intoxicação por metanol é uma emergência médica
A intoxicação por metanol representa uma emergência médica de extrema gravidade. Quando ingerido, o metanol se transforma no organismo em substâncias tóxicas, como formaldeído e ácido fórmico, que podem causar cegueira e até a morte.
Os principais sintomas incluem visão turva, perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa. Em caso de suspeita, o atendimento médico imediato é essencial.
A população deve acionar os serviços de emergência ou entrar em contato com:
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Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
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Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733
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CIATox local, disponível na lista oficial do Ministério da Saúde (acesse aqui)
Além disso, é importante alertar pessoas que tenham consumido a mesma bebida para que busquem avaliação médica o quanto antes. O atendimento rápido pode salvar vidas.