O personagem Zé Doido, um cangaceiro que não gosta de sangue, é o protagonista de “Flor do Mandacaru – O Amor em meio ao Cangaço”, obra de estreia do 2º Sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Claudionor de Oliveira Júnior, conhecido como “Teimoso Zen”. O livro é finalista do Prêmio Jabuti 2025, o mais importante reconhecimento literário do país.
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O anúncio dos cinco finalistas de cada categoria foi feito na terça-feira (7) pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Claudionor concorre no eixo Inovação, na categoria Escritor Estreante – Romance. Os vencedores serão revelados em 27 de outubro, em cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelo YouTube da CBL.
Romance mescla regionalismo nordestino e olhar potiguar
A narrativa mergulha na tradição do regionalismo nordestino, mas com um olhar tipicamente potiguar. O pano de fundo é a trajetória de Jesuíno Brilhante, nascido em Patu em 1844, lembrado como o “cangaceiro gentil”, que defendia os pobres e dividia o que tomava dos coronéis para garantir dignidade e alimento aos mais vulneráveis.
É nesse cenário que surge Zé Doido, um cangaceiro contraditório: habilidoso no combate, mas avesso à violência. Mais do que ação, o romance explora amor, resistência e humanidade, evocando a imagem do mandacaru que floresce em meio à seca.
Prêmio Jabuti e reconhecimento literário
A 67ª edição do Prêmio Jabuti recebeu 4.530 obras inscritas, distribuídas entre os eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.
Os vencedores das 23 categorias receberão a estatueta do Jabuti e prêmio de R$ 5 mil. O autor do Livro do Ano ganhará R$ 70 mil e uma viagem à Feira do Livro de Londres, em celebração ao Ano da Cultura Brasil–Reino Unido.
