Cada vez mais mulheres famosas, como Xuxa e Drew Barrymore, têm falado abertamente sobre a menopausa, ajudando a quebrar tabus e incentivar o diálogo sobre o tema. A discussão ganha destaque neste sábado (18), Dia Mundial da Menopausa, data que reforça a importância do acompanhamento médico, nutricional e físico para atravessar essa fase com mais energia e propósito.
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A menopausa é um processo natural que ocorre entre os 45 e 55 anos, marcando o fim dos episódios menstruais. Mais do que um evento biológico, é uma etapa de transição física e emocional, conhecida como climatério. Segundo a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), compreender essa fase é essencial para o bem-estar da mulher.
Acompanhamento médico é essencial
De acordo com Elvira Mafaldo, diretora da Sogorn e integrante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o acompanhamento médico é fundamental para avaliar sintomas e possíveis tratamentos, como a terapia de reposição hormonal.
“A reposição deve ser sempre individualizada. Quando bem indicada, traz benefícios como melhora da disposição, do sono, da lubrificação vaginal e da saúde óssea. É um suporte importante para devolver qualidade de vida”, explica a ginecologista.
Alimentação e atividade física fazem diferença
Além da reposição hormonal, mudanças no estilo de vida são decisivas para enfrentar essa etapa com equilíbrio. A professora de Nutrição Eva Andrade, da Estácio, explica que a alimentação equilibrada é essencial diante da perda natural de massa magra e do aumento da resistência à insulina.
“Nesta fase, a mulher precisa de mais proteína, cálcio e vitamina D para manter a força muscular e a saúde óssea. Frutas, legumes, grãos integrais e boas fontes de gordura, como azeite e castanhas, ajudam na regulação hormonal e no controle do peso”, orienta a nutricionista.
O educador físico Elmir Andrade acrescenta que o movimento é um grande aliado. “Exercícios como musculação, pilates e caminhadas regulares estimulam o metabolismo, melhoram o humor e reduzem os riscos de doenças cardiovasculares, que se tornam mais comuns após a menopausa”, destaca.
Um novo olhar sobre o climatério
Mais do que tratar sintomas, o desafio é mudar a perspectiva. Para a dra. Elvira Mafaldo, o diálogo sobre a menopausa precisa ser ampliado.
“É um novo começo, não o fim de nada. As mulheres estão redescobrindo o prazer, o corpo e os limites nessa fase. O climatério pode ser o ponto de partida para uma nova etapa de autoconhecimento e autocuidado”, conclui.
