As principais autoridades econômicas dos Estados Unidos e da China concluíram, neste domingo (26), um acordo sobre terras raras, marcando um avanço nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. O entendimento prevê a suspensão temporária das tarifas impostas por Washington e a revisão dos controles de exportação chineses sobre minerais estratégicos.
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Logo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que o novo pacto remove a ameaça de tarifas de 100% que entrariam em vigor em 1º de novembro. Além disso, a China deve adiar por um ano a implementação do regime de licenciamento de exportação de terras raras e ímãs, permitindo que ambos os países reavaliem suas políticas.
Trump e Xi devem formalizar o acordo na Apec
Donald Trump e Xi Jinping devem se reunir na próxima quinta-feira (30), à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), na Coreia do Sul, para formalizar os termos do acordo sobre terras raras. Embora a Casa Branca tenha confirmado o encontro, Pequim ainda não fez o mesmo de forma oficial.
De acordo com Bessent, o entendimento também prevê a retomada das compras de soja norte-americana pela China, interrompidas desde setembro. “Os produtores dos EUA se sentirão muito bem com o que está acontecendo nesta temporada e nas próximas”, declarou o secretário à ABC News.
Por outro lado, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e o negociador Li Chenggang classificaram as discussões como “intensas e construtivas”. Segundo eles, os países chegaram a um consenso preliminar, que agora passa pelos processos de aprovação interna.
Além das terras raras, os negociadores trataram de temas sensíveis, como o controle do TikTok nos EUA, a crise do fentanil e a ampliação do comércio bilateral. Conforme Bessent, há confiança de que a trégua tarifária seja estendida além do prazo de 10 de novembro, consolidando um novo ciclo de cooperação econômica.
