O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro, que durou cerca de 50 minutos, ocorreu durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e teve como principal pauta o tarifaço imposto às exportações brasileiras.
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Desde julho, Trump mantém uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, o que gerou atritos comerciais e políticos. Lula e Trump buscaram reaproximar os países e reduzir as tensões, com o presidente brasileiro pedindo a suspensão imediata das tarifas enquanto as negociações avançam.
“O Brasil tem interesse de manter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há razão para desavenças, pois, quando dois presidentes sentam para conversar, a tendência natural é buscar um acordo”, declarou Lula.
Suspensão das tarifas
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o diálogo foi produtivo e que Trump autorizou sua equipe a iniciar as negociações para revisão das tarifas ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia, 11 horas à frente de Brasília.
“Foi uma reunião muito positiva. O presidente Trump deu instruções para o início de um processo de negociação bilateral, que deve começar hoje mesmo, com o objetivo de resolver tudo em pouco tempo”, disse Vieira.
Admiração e cooperação
Durante o encontro, Trump elogiou a trajetória política de Lula e destacou sua capacidade de liderança. Segundo Vieira, o norte-americano demonstrou “admiração pelo fato de o presidente brasileiro ter sido perseguido, provado sua inocência e retornado ao cargo pela terceira vez”.
Além disso, os dois presidentes trataram de visitas oficiais. Lula confirmou que pretende visitar Washington em breve, enquanto Trump manifestou interesse em vir ao Brasil. Ambos reafirmaram o desejo de estreitar os laços econômicos e diplomáticos entre as duas nações.
Contexto diplomático
A reunião ocorre em um momento de reorganização das alianças internacionais, com o Brasil buscando equilibrar sua relação entre as grandes potências globais. A aproximação com os Estados Unidos, segundo analistas, pode fortalecer a posição brasileira nas negociações comerciais e em fóruns multilaterais.






















































