O Senado Federal aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Lei 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais. O texto, encaminhado pelo governo federal em março, já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro e agora segue para sanção presidencial.
Leia também:
Comissão do Senado aprova isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil. Projeto vai ao plenário
A expectativa é que a medida seja sancionada nos próximos dias, permitindo que a nova faixa de isenção passe a valer em 2026. Segundo o governo, cerca de 25 milhões de brasileiros pagarão menos impostos, enquanto 200 mil contribuintes de alta renda terão aumento na tributação.
Principais mudanças com o novo Imposto de Renda
Atualmente, a isenção abrange quem ganha até R$ 3.076, o equivalente a dois salários mínimos. Com a nova lei, pessoas físicas com renda mensal de até R$ 5 mil ficarão livres do imposto.
Para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá redução parcial do valor pago — quanto menor o salário, maior será o desconto. Já os contribuintes com rendimentos acima de R$ 7.350 não serão contemplados pela medida.
Aumento da taxação para altas rendas
Para equilibrar a perda de arrecadação, o projeto cria uma alíquota extra de até 10% sobre rendas acima de R$ 600 mil anuais (R$ 50 mil por mês). Além disso, lucros e dividendos enviados ao exterior também serão tributados em 10%.
Hoje, pessoas físicas de alta renda pagam, em média, 2,5% de IR, enquanto trabalhadores comuns têm uma alíquota entre 9% e 11%.
Quando começa a valer
A nova regra passa a valer em janeiro de 2026, desde que o texto seja sancionado até 11 de novembro deste ano.
Na prática, o impacto será sentido na declaração do IRPF de 2027, com ano-base 2026.






















































